de amar em silêncio


é a quina de qualquer canto a ser topada
pelo mindinho esquerdo a lamentar
antes mesmo que aconteça

O suco temperado como você gosta
à ignorância de a escova de dentes
furar mais meu calo, que nunca sara
sob a condição de encontrar fios de cabelo
não meus

repetindo todo caminho de ida
voltando pelo avesso ou pelas pontas
num cansaço diaríssimo
fadado a exaustão

Faca cega mais rasga
e caju nenhum verde é azul
Porque, antes a criação de porcos

visto a mínima vontade de comer
que só conjuga Evolução à angústia de existir sob condição
ainda mais impalpável

Se a minha e a sua fome não findam
há ali um nós
a ser esquecido
morrendo
naquilo que resta


(i. 06 abr. 17)

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