Ela não queria ser rotulada. Sempre mudando o seu jeito, inovando seus conhecimentos e aprimorando seu vocabulário pra não ser considerada ultrapassada. Todos os dias procurava fazer tudo diferente, para não cair na rotina e ser chamada de: " garota chata, sem novidades. Que só faz atividades comuns...". Cada vez que pisava no chão pensava: "como inovar? O que eu faço pra ser diferente?" Então sempre arrumava uma maneira de não ser igual. Sempre que se levantava, agradecia à Deus com novas palavras, mas todas as vezes metodicamente pedia pra não ser igual. Andava de modos diferentes a cada dia, prendia o cabelo de jeitos diferentes, e a até para fazer atividades comuns como lavar a louça fazia diferente. Dia sim, ela usava a esponja amarela. Dia não, usava a esponja vegetal, e todas as vezes variava o sabão que usava. Quando não mudava de sabão todos os dias, porque sua mãe dizia: "Não tenho uma árvore de dinheiro. Pare com essa mania besta!", ela m...
retratos em texto de criação escrita, poética e estética, de quaisquer assuntos que possam ser relatados e descritos em imagem.