Um quê de depressividade. Depressividade, não depressão. Depressividade por aqueles que tiveram que tomar caminhos diferentes dos que planejaram pra si. Por aqueles que sonharam e não puderam realizá-los. Não realizaram por terem de ser ativos, construtivos. E também por aqueles que nunca se acharam capaz para tanto. Uma lástima, para os que acharam que sonhar, que dar entrevistas pro espelho, cantar debaixo do chuveiro e beijar a laranja, foi tudo perda de tempo. Uma outra para os que zombaram desses. E pra você, que assim como eu, ainda sonha. Luta. E acha que apesar de pouco, já viveu muito. Para você que tem a cara pregada no álbum de figurinhas do destino, lembrada como: "Adorei me divertir com esse(a) aqui!", acalme-se. Sempre, tudo pode mudar. E vai. Vai, não porque eu quero. Não por ter alguém no controle de tudo. Vai, pois há um quê de depressividade. Para mim que nunca me contento com um simples: "sim", e que não me alegro em receber um
retratos em texto de criação escrita, poética e estética, de quaisquer assuntos que possam ser relatados e descritos em imagem.