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15 de Maio de 2017

as unhas a me perfurar feito flecha me colocavam em abate como qualquer bicho pronto a ser predado por dentes lascivos a saborear cada pedaço da minha carne vermelha camuflada de branco cal transparecendo na respiração ofegante o que não gostaria de esconder nem mesmo de você Eu a me conhecer me enxergava puro instinto mas abafada pela racionalidade. (i.)

batismo

batismo desarmou-se como que esgotada a fé perdera por completo aquele estigma invisível e familiar, o brio que fazia-o não mais um mas mais O os colegas lhe atribuíam adjetivos grandiosos pra não dizer grandiloquentes e confundi-lo afinal, confundia-se com tudo era tanto mais ouvinte que orador tanto mais hospedaria que hóspede tanto mais sozinho que solitário era em verdade uma casa abrigando uma coleção dessas coleções que fazemos em criança e que um dia, no acaso de uma gaveta, nos pega de empreita às lembranças uma casa abrigando uma coleção de palavras inauditas sustenidas palavras miudinhas não era nada além dessa casa esquecida casa sem chão sem teto sem paredes sem medidas mas ainda uma casa, não é certo? do alpendre pode-se ver a lua iluminando tudo aliás, nada não se vê nada além da lua iluminando a falácia tudo doía naquele homem prostrado ante a janela-mundo, seu olhar triste e embaçado por lágrimas teimosas, observar o astro e descobrir-se ora í