01 de março / 12 de julho / 04 de setembro / 09 se setembro de 2020 qual amor sobrevive a cinquenta por cento do pulmão comprometido? Meço a infância pelas palavras aprendidas. O meu primo, três meses mais velho que eu, aprendeu a fazer o número oito. O meu ainda seguia meio torto, disforme. Mais tarde soube que a forma como escrevíamos diferia, por isso o seu traço era redondo. Bolinha em cima bolinha em baixo "oito perfeito". Já "iniciar da beira para cruzar as linhas (em infinito) sempre foi mais elaborado". Diria quem pegava minha mão e traçava, linha a linha, o formato que teria a minha escrita. Ainda que religiosa, cristianíssima, segue sempre de superstições, mas mais porque são também senso comum. Apesar de eu até hoje não me incomodar em desejar a morte de uns e outros pois sabia : " desejos não são garantidos, minha filha". Num intervalo entre uma e outra atividade da escolinha, minha avó saía pra mexer as panelas e eu ia, contando bura
retratos em texto de criação escrita, poética e estética, de quaisquer assuntos que possam ser relatados e descritos em imagem.