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Ser "cool" não é ser igual


 Continuam julgando pelas roupas que uso. Pelos piercings que tenho, por minhas tatuagens e pelo meu jeito cético de pensar e expressar-me.
 Me rejeitam por eu não querer ser um "Eu, etiqueta" e sim  por querer ser um "Eu, gibi". Aqui expresso a minha total revolta e preconceito com aqueles que tem preconceito. A cada dia, mais pessoas morrem vítimas dele, seja racial, sexual ou mesmo social. Aqui mostro o meu preconceito contra o monstro que assola a vida de todos.
 Não poder furar o nariz, ou fazer tatuagem, porque assim serei taxado de maloqueira ou então drogada, viciada, vagabunda, "sem mãe" e até possuída. Não poder usar roupa preta, ou algum acessório que tenha uma caveira, uma até fofa com coração nos olhos, pois assim estou virando emo.
 Se eu tenho o buraco da minha orelha, o que colocava brincos, agora alargado o problema é meu. Foi uma escolha minha fazer isso. Assim como quem escolhe fumar ou beber. Não venha enfiar seu dedo nele. Se você não tem um na orelha você têm em furos em outros lugares e não gostaria que ninguém colocasse o dedo neles.
 Como todos dizem: Todos temos um preconceito. Qual é o seu? É hora de se mostrar e viver segundo o que você acha correto. Não é assim que todos veem pregando a tanto tempo?
 Se me pensam que sou drogada por minha tatuagem e me negam um emprego, eles não sabem o profissional que estão perdendo.
 Se me negam um vida com alegria porque eu uso brinco no nariz, não sabem o quanto aprenderiam comigo.
 Se me renegam na família por eu não ser da forma padrão que eles querem, eles não sabem o quanto poderiam ganhar enquanto vivo, ou depois que morro.
 Ser escritora não me impede de ser diferente. Afinal, todos são meio "porra-loucas".
Preciso lembrar que todos "viemos do barro e ao barro voltaremos"?

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