Pular para o conteúdo principal

Sinceridades


Isso é sobre guardar coisas (listas; textos; materiais escolares, de modo geral) de toda uma vida escolar, com medo de jogá-las fora e precisar em algum momento da vida-pré-vestibular. Ou pré-vida (que dá na mesma).
 Algumas vezes me perguntaram do que eu tinha medo. A resposta atrelada à essa pergunta sempre foi em torno dessas coisas: baratas; gatos; solidão; desaprovação materna e infelicidade. Hoje tenho consciência de que a raiz desses medos - menos de baratas e gatos - tenham sido com a tensão do vestibular. Pior! Um vestibular mal-sucedido.
 - Ok, talvez a solidão (o medo dela) tenha se originado num outro ponto, mas com certeza foi agravado por àquela raiz.
Caí em mim. Percebi que todo o material guardado - que não os de português - foram inúteis, e meramente por nostalgia. Saudosista como sempre, acabei deixando algumas resmas guardadas, mas como tenho necessidade de mais espaço, creio ter jogado alguns quilos fundamentais e médios no lixo.
 Mantenho em meu armário boa parte de todas as redações feitas até aqui. Não são todas ótimas, nem com notas esplendidas. Algumas têm críticas que me magoaram e provocaram um xingamento - interno - aos corretores. Passou! Sei que essas infinitas críticas me ajudaram. E é aqui que preciso falar aos meus professores.
 Essa parte é a mais importante. É para todos - TODOS MESMO! - os professores, mestres, tutores, deuses, divos, pais, inspiradores, carrascos, criadores, heróis e amigos que tive até aqui. Desde a minha querida professora "tia", que me alfabetizou, passando por aqueles que me desafiaram e me testaram. Pelo os que não gostaram de mim, até os que me apoiaram e me incentivaram e me despertaram o desejo de sempre fazer mais. De fazer inúmeras graduações. De fazer magistério. De crescer!
 Sei que não são todos os que eu tive que lerão isso, mas gostaria que a maioria soubesse - mesmo que pela boca dos outros - o quanto foram (e são) importantes para mim.
 Obrigada colegas de classe (os bons e os ruins) porque hoje sou o que vocês me "permitiram" ser. Interferiram no ensino dos professores que tive.
 Obrigada forças internas e externas.
 Obrigada família, formada por várias professoras.
 Obrigada meu Senhor Jesus, que é meu. E obrigada também a tudo e qualquer divindade que alguns dos meus amigos acreditam, e que pediram por mim, e mesmo diferentes de mim ainda assim me respeitaram e acreditaram em mim.
 Obrigada para àqueles que não acreditaram em nada além do esforço próprio. Vocês também me fizeram crescer.
 Queria ser assim, e mandar todos vocês que pensaram mal de mim, que não quiseram a minha vitória e minha alegria, se ferrarem ... mas espero que sejam felizes. Porque gente triste perto de mim, só piora.
 Português (redação, literatura, gramática, linguagens ...), história (inclusive da arte), geografia, física, inglês, matemática (álgebra e geometria), sociologia, filosofia, biologia ("ciências"), religião, cidadania, fotografia, educação física (só ganhava pontos de participação e trabalhos escritos), química; e tudo o que virá! Respectivos professores sintam-se eternamente agradecidos! Construíram a Isabella dos Santos Lima, mais contente do mundo!
 Já sobre guardar "coisas" antigas, bem ... guarde! Guarde até quando elas te fizerem uma boa diferença. Inclusive - e principalmente - recordações.

 29/07/2014

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Cheiro da Roupa

O mundo louco Em que a camiseta emprestada  Devolvi As encomendas na sua casa Já estavam aqui E sem cálculo Talvez você não acredite No dia em que te vi por último Te abracei quase que sem querer Você foi, seu perfume ficou  Enquanto contava a um amigo Dizia sobre as suas maravilhas Sentia teu cheiro em minha roupa E o desfiz  Com o isqueiro Usei daqueles banhados em eugenol Abri o vinho que dediquei a nós E cai em sono, sem sonho

Reflexões literárias e inclusão de caraminholas na cabeça de Nêmesis

  é preciso que se ouça o que seu corpo transpira. Faz calor. Não importa quantos, basta que saiba que isto aí também é poesia que em sua verdadeira cara não cheira à fruta mais fina não acessa merda nenhuma de Feira de Bologna. Como posso ir à Itália se meu texto emprega o cheiro mais humano possível? Suo e minha cara prega oleosamente e critico quem sequer pronuncia ÊC-frase na mais ortopédica forma. Num esforço inutilíssimo, raspo a palma (da mão) na testa, encosto o dedão no lado direito e percorro os outros quatro dedos para a esquerda Lambuzo os curtos cabelos soltos do meu rabo de cavalo malfeito. Certa de que não preciso dizer "da mão". É essa que brilha enquanto a outra põe em cor o que minha cabeça já não suporta esquecer em prol daquilo que preciso escrever pra receber o soldo porque fazer o que faço agora não merece encher minha barriga me garantir sustento e moradia. Faz calor como quando trabalho com o texto de outra pessoa. Meu suvaco me conta de pertinho quase
ridícula como sempre fui escrevi depoimentos em rede social mandei os tais dos scraps criei gif, que se diz jif e não guif me pus em cartas e recados perfumados te pichei as paredes e o guarda-roupas pra que me guardasse em você em mim, até seus os ouvidos e sua orelha pregada em meu peito não dá pra devolver botar uma outra numeração no lugar chamei atenção e mandei até emojis apaixonados e você se mandou 21 de janeiro de 2017  ·  (i.)