Começou no dia em que encontrei um barquinho de papel com escritas chatas e desconexas. Ainda assim sabia que ele me retribuiria por tirá-lo daquela escada de faculdade. Coloquei-o na mochila. Jogaria no lixo, mas ao começar escrever, dei significado real aquilo que não valia nem para quem o criou. Não faço ideia de quem foi. Pela caligrafia, um homem. Em seguida comecei um texto para a faculdade. Não sabia que caminho levar ao que eu escrevia, mas decidi incluir meu “barco-personagem” no meu conto. Foi nessa parte que percebi: inconsciente, coloquei o nome do meu personagem de Bento. Personagem principal do último livro que li. Sabendo da tragédia que o nome carregava, não mudei seu final de quem fora traído. Só preferi não fazê-lo cheio de amargura como Machado fê-lo há décadas. Nunca confessei amor por ele, no entanto vendo a forma com a qual aderi ao nome dado por ele, dado ao grande ícone personagem da literatura brasileira, assumo: “Machado! Te achava um chato! Mas a
retratos em texto de criação escrita, poética e estética, de quaisquer assuntos que possam ser relatados e descritos em imagem.